quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Viver ou Padecer?

Por Francisco Marengo



Ontem ligou uma sra. Ialorixá (vou suprimir o nome e demais dados), com feitura no Candomblé na Nação Keto, com 20 anos de casa. Bom, a vida dessa senhora está de cabeça para baixo em todos os segmentos da vida (saúde, financeiro, emocional), para ser mais objetivo, mal conseguindo manter sua casa.

Outro dia na net, vi um apelo de determinados filhos de santo que determinada Roça de Candomblé tradicionalíssima, iria fechar suas portas em definitivo caso não houvesse "ajuda financeira". Percebem a dimensão do problema em se "dar o peixe" e não "ensinar a pescar?"

O que eu disse a ela, digo a vocês. "Os Orixás, guias espirituais, exus, pombo giras, o que for, tem a obrigação espiritual de ajudar o seu protegido, que foi devidamente cruzado, coroado e até mesmo religiosamente consagrado para evitar tais intempéries na vida. Como ajudar alguém, se nem sequer consegue se ajudar? O tom dessa interrogação não tem um sentido pejorativo em relação a esta religião em si, que considero uma das mais belas, e sim em relação a pessoa que não buscou as fórmulas para se estabilizar e nem compreender que "ao dar o peixe, a pessoa que o recebe, não necessitou nenhum esforço pessoal para recebê-lo". Isto gera karma negativo para a pessoa.


Sofrimento existe nesse plano, mas não precisamos ser lançados e surrados de um lado para o outro, como se fôssemos sacos de batata. Se isto acontece, é porque algo está errado, e é melhor enquanto é tempo, chegar-se ao âmago do problema antes que seja tarde demais.

O Poder Maior no Universo, não está nem alheio e nem preocupado com nossas filosofias mundanas, morais, imorais, sejam elas capengas ou não, "Ele" simplesmente existe como fonte inesgotável de saber e energia, e oferece a natureza de todas as coisas, com todas as suas potencialidades para que a utilizemos, trazendo para nós todo conforto espiritual e material. Do contrário, seria uma lei também contrária a evolução, pois essa natureza de D'us que nos é oferecida através dos mistérios da natureza que conhecemos, é riqueza e poder em todos os sentidos, e o ser humano, é totalmente - em sua maioria - ignorante no uso dessas potencialidades. E por isso sofre, ou se vê envolto numa carga de dogmatismos religiosos contrários a evolução que nos diz: ´"Só ganhará o reino dos céus que for humilde - pobre - e sem desejos materialistas".


Ora, aqueles que nos dizem que a matéria é ilusória estão montados em seus luxuosos carros último tipo, moram em seus palácios e mansões, com todo ouro e riqueza material que os sentidos humanos poderiam desejar.


Em verdade eu vos digo: "O ser humano está aqui nessas paragens para evoluir, crescer, aprender, fazer a diferença, em todos os sentidos. Não é realmente necessário ser corrupto ou subtrair algo que não lhe pertença, como estamos acostumados a ver no cenário político nacional e internacional. Basta empenho, desejo de progresso, e de entender que a vitória do espírito é a vitória na matéria também, pois do contrário, a matéria não se faria necessária para a evolução do espírito e do ser humano como um todo. Este plano nas Ciências Ocultas é chamado de plano da Manifestação. Então poderíamos chamar também de plano da Realização. Quem não está nessa busca interior e exterior pelo seu aperfeiçoamento em todos os sentidos - físico, mental, espiritual, emocional e material - estará na mais profunda inércia, que é sinônimo de estagnação energética."


Fraternalmente;


Frater Magister.'.'.'
Francisco Marengo


(19) 9128-8475
(19) 3673-4546




"Se quer a vida Iniciática separe-se dessa massa tola e de seus lamentos...
Ponha-se de lado e abrace seu medo e ouça com atenção as trevas de sua mente. Se os professores vierem, consuma sua sabedoria, triture com os dentes os casos quitinosos e compartilhe sua essência. Há somente fome no Universo, devore tudo, aprenda os métodos coloque-os em prática. Essa é forma de você se considerar digno e impecável em seu trabalho!" Francisco Marengo

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que com freqüência poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." Willian Shakespeare

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