sábado, 29 de março de 2008

Kimbanda e Umbanda

Sem dúvidas as entidades da esquerda que trabalham na Umbanda, trabalham sob a égide do chefe espiritual da casa, muitas vezes, um caboclo ou um preto velho. A Umbanda trabalha sob leis espirituais rígidas que diferem em síntese enormemente da Kimbanda. Óbvio não se tratarem das mesmas entidades, senão de entidades que trabalhem em sintonia com determinadas correntes espirituais e por isso carreguem o mesmo nome, isso é facilmente compreensível porque as vibrações que emanam as entidades que trabalham na Kimbanda são bem diferentes da Umbanda. Sim, as entidades da Kimbanda se bem que obedeçam suas leis espirituais, têm bem mais liberdade e podem funcionar como agentes kármicos poderosos. Em meu ponto de vista nada está a parte na natureza, muito menos os Exus ou a Kimbanda.
Exus são agentes mágicos poderosos, movimentam forças telúricas com incrível rapidez graças ao seu conhecimento e por estarem ativos no plano astral que é ligado ao orbe terrestre. Não sou kardecista, não acho que a doutrina de kardec seja tão ruim assim, porque em qualquer ciência espiritual existe algum fundamento ligado a um traço da verdade. Grande parte dos chamados fenômenos espíritas passaram a ser melhor entendidos pós kardec. Por exemplo a mediunidade, as materializações, o desdobramento astral, o desenvolvimento mediúnico em si. Nem a Kimbanda, nem a Umbanda podem ser chamados de espiritismo, senão de mediunismo, que é algo bem diferente.
No caso dos Exus, a evolução faz parte de um processo de adaptação, e não da necessidade de ser bom ou mau. A natureza é assim, e ela evolui para atender as necessidades básicas dos seres, não importa se encarnados ou desencarnados. Claro, Exu não vira caboclo nem boiadeiro, ele não precisa sê-lo, pois trabalha dentro da esfera que está acostumado, utilizando-se das energias do ambiente, dos elementos e principalmente do seu cavalo ou burro se preferir. No ritual Rubi Estrela, criado por Crowley, a primeira frase é:
“Apopantos Kako Daimonos!”.
Primeiro é preciso entender que "Apopantos Kako Daimonos" significa "Afaste-de de mim espírito da discórdia." Ou seja, um elemento que seja pernicioso ou discordante, e que queira prejudicar nosso Trabalho Espiritual. Os seres colocados nos quadrantes desse ritual são "Egrégoras" e não demônios. De fato, os demônios são parte integrante no desenvolvimento do magista thelêmico. Considere-se também que thelema se trata de um contexto filosófico da Mão Esquerda, e Magick ou Magia(k) a fórmula prática de aplicação dessas forças.
Para nós, as entidades demoníacas existem, e são muito entrelaçadas com a nossa estrutura existencial, tal como egos, e inteligências extra-físicas fazendo parte das forças que compõem a estrutura mental de nossos cérebros. Eles nos estimulam diversas faculdades especiais, dependendo do plano em que pudermos trabalhar magickamente tais influências. Nós não destruímos sua interferência ( dos demônios, pois isto definitivamente pode ser feito), pois se o fizermos, sua manifestação não poderá nos purificar e sim nos mutilará espiritualmente e nos deformará, pois assim fazendo negamos também em nós várias formas de desenvolvimento real de "Poderes Mágickos", conseqüentemente impedindo o próximo passo do nosso desenvolvimento, pois eles são partes desse próximo passo. Nós agimos magickamente na mente, no corpo e no espírito, compreendendo portanto que Magia(k) é um poder real e transformador (ou destruidor) da vida!s Demônios tem um conceito gerador da idéia de Destino, Obstáculo, Agregador ou Desagregador, tal como no Bode de Mendes ou no Arcano do Mago do TAROT, solve et coagula.
Esses Demônios agregados a condição humana que expliquei, atrelados a diversos estados de existência emocional, do ódio ao amor envoltos a um Ego. Essa divisão é explícita em nossos estudos, em Agato (estão as Virtudes e aquilo que nos é favorável) e em Kako (os vícios, ou o que é prejudicial, aquilo que nos é desfavorável ou discordante). Você usa essa frase (Apo Pantos Kako Daimonos) quando dispersa fluídos negativos advindos de forças contrárias (entenda-se que um inimigo, pode ser gerador dessa força).
Nem sempre exorcizamos tudo que nos ataca. Muitas vezes assim como um Exu pode passar a integrar a corrente do médium, isto já aconteceu várias vezes ao nosso grupo; um demônio, ou até mesmo uma forma-pensamento pode ser assimilada em nossa estrutura anímica ou nossa egrégora, e depois passar a nos servir. Não baseamos o que acreditamos no que lemos.
Experimentamos, visualizamos, sentimos. Detestamos pensar que em conceitos do tipo, o bem e o mal, pois compreendemos serem a mesma coisa em essência. Mas, quando percebemos a presença de um demônio, percebemos sua energia, assim como um exu. São forças singulares. Existem espíritos e seres astrais de elevação diferentes. Eu chamaria mais de vibração. Sim vibrações e espíritos com densidades diferentes de energia existem de fato. Os de mais densa, propagam-se melhor digamos e agem com maior prontidão no plano físico. Essas diferenças de densidades cada um chame como quiser, anjos, orixás, demônios, exus, etc.
Khonx Om Pax!
Luz em extensão!

Fraternalmente;
Francisco Marengo
Frater Magister .'.'.'


sábado, 22 de março de 2008

A Páscoa






A origem da Páscoa é pagã, seu nome Easter, em inglês o Dia da Deusa Ishtar – Deusa Lunar - é celebrado amplamente em várias culturas e religiões do mundo, tanto hoje em dia como no passado. Assim temos alguns exemplos:
1. Na antiga Babilônia - Ishtar (Easter), também chamada Deusa da Lua
2. Nos Católicos ela é a Virgem Maria (Rainha dos Céus)
3. Nos Chineses - Shingmoo
4. Nos Druídas - Virgo Paritura
5. No Antigo Egito - Ísis
6. Nos Efésios pagãos - Diana
7. Nos Etruscos - Nutria
8. Nos Alemães (antigos) - Herta
9. Nos Gregos - Afrodite / Ceres
10. Na Índia - Isi / Indrani
11. Nos Judeus apóstatas antigos - Astarte (Rainha dos Céus)
12. Adeptos de Krishna - Devaki
13. Na antiga Roma - Vênus / Fortuna
14. Para od Escandinavos - Disa
15. E para os Sumérios - Inana
Os babilônios celebravam o dia como o retorno de Ishtar (Easter), a deusa da Primavera. Esse dia celebrava o renascimento, ou reencarnação, da Natureza e da deusa da Natureza. De acordo com a lenda babilônia, um grande ovo caiu dos céus no rio Eufrates e a deusa Ishtar (Easter) eclodiu de dentro dele. Mais tarde, surgiu uma versão que incluía um ninho, em que o ovo pôde ser incubado até eclodir. Um cesto de palha ou vime era produzido para colocar o ovo da Páscoa [o ovo de Isthar].
A Procura do Ovo de Páscoa Escondido foi criada porque, se alguém encontrasse o ovo enquanto a deusa estava "renascendo", ela concederia uma benção especial ao felizardo! Como essa era uma festividade alegre da primavera, os ovos eram pintados com as brilhantes cores da primavera. Essa Tradição é muito comum nas culturas escandinavas, até os dias de hoje.
O Coelho da Páscoa
"O totem da deusa, a lua-lebre, punha ovos para as crianças comportadas comerem... a lebre da Páscoa era a forma como os celtas imaginavam a superfície da lua cheia...". Assim, "Easter" - Eostre ou Ishtar - era uma deusa da fertilidade. Visto que o coelho é uma criatura que procria rapidamente, simbolizava o ato sexual; o ovo simbolizava "nascimento" e "renovação". Juntos, o coelho da Páscoa e o ovo de Páscoa simbolizam o ato sexual e o que nasceu deles, Semíramis e Tamuz.
Outros Ingredientes Pagãos
Oferendas de Páscoa - São derivadas da tradição em que os sacerdotes e sacerdotisas traziam oferendas para os templos pagãos para a deusa da primavera, Isthar. Eles traziam flores frescas da primavera e doces para colocar no altar do ídolo da deusa que adoravam. Eles também assavam um bolo de passas, decorando-o com cruzes para simbolizar a cruz de Wotan, um deus pagão. De fato, o primeiro caso de Bolo de Frutas Secas pode ser rastreado até cerca de 1500 AC, até Cecrops, o fundador de Atenas. Nas celebrações do Velho Testamento no Israel apóstata, vemos mulheres assavam esses bolos para oferecê-los em adoração à Rainha dos Céus, Ishtar, identificada com o planeta Vênus. As oferendas para essa deusa incluíam bolos feitos na forma de uma estrela". Mais tarde os pagãos usaram não só a forma da estrela Pentalfa como também o bolo de frutas secas.
Outra oferenda popular a Isthar eram as roupas novas, feitas ou compradas! Os sacerdotes usavam seus melhores trajes, enquanto as virgens vestais usavam vestidos brancos novos. Elas também usavam algo para cobrir as cabeças, como chapéus de palha ou toucas de tecido e muitas se adornavam com grinaldas de flores da primavera. Elas carregavam cestos de vime cheios de doces e alimentos para oferecerem aos deuses pagãos.
Serviços de Páscoa ao nascer do sol - Eram iniciados pelos sacerdotes que serviam à deusa babilônia Ishtar para simbolicamente apressar a reencarnação de Ishtar/Easter.
Nós da E.I.E. CAMINHOS DA TRADIÇÃO desejamos a todos os amigos e todos que comungam conosco pela busca da SABEDORIA SAGRADA. Uma excelente Páscoa, repleta de alegria, prosperidade, harmonia, fertilidade, renascimento e tudo que ela representa!
FELIZ PÁSCOA!

quinta-feira, 20 de março de 2008

RESPOSTAS PARA UM ESTUDANTE



Estudante:
Frater Francisco,
uma dúvida Eu não sei se é correto perguntar assim da maneira que vou colocar, mas acho que vai dar pra entender o que quero saber com isso.Como se faz ou pelo menos os procedimentos iniciais, para que possamos "sair" desse caminho ilusório de choronzon?Afinal se temos consciência de que ele (choronzon) é um falso, digamos assim, então porque continuarmos ajudando nessa farsa? O amigo pode me esclarecer a respeito?
Frater Magister:
Simples, você só supera cada obstáculo, quando conseguir suplanta-lo. Você só vence seus demônios, sejam eles interiores ou exteriores, quando tiver coragem para defrontá-los sem medos ou incertezas, pois só assim conseguirá vencê-los. Se Choronzon é o caminho da discórdia, você enfrenta a discórdia em sua vida e coloque-a nos eixos, pois ninguém agüenta viver em completa desarmonia. Se ele é o caminho que escraviza o Ego no homem, alimentando-se de sua porção mais inferior, então chegou a hora de buscar em sua própria essência o caminho que leve você ao seu Ego Superior. Desapego, não é relaxo, e nem não se importar com nada na vida. Desap"ego" - como a própria palavra já insinua é estar livre da escravidão do Ego inferior. Atravessar o abismo para alcançar os louros da vitória sem humildade, e desapego, é o mesmo que assinar o pacto com a loucura e a insanidade. Matar o ego inferior, não é morrer parte de você, e sim deixar o comando para a melhor parte de seu ser. Ter desapego, não é ser pobre ou miserável. É conquistar e vencer sem precisar destruir o semelhante. Sem ser mesquinho. Sabendo valorizar todos aqueles que estão e sempre estiveram do seu lado, apoiando, vivenciando. Enfim, não há grandes mistérios, o ser humano complica a vida, quando deixa de aliar a lógica a sensibilidade ou percepções. Como diria o Samurai: "Eu não tenho vitórias nem derrotas, fiz da vontade e do prazer de lutar e aprender a minha vitória, e de minhas fraquezas a minha derrota." Estudante:Desculpe a insistência, mas sobre o termo "exu preguiçoso" ele é muito utilizado pelos Babalorixás locais, quando o exu assentado por eles não faz nada ou quase nada pelo médium, dai origina -se o termo, mas acredite a resposta que o Sr. me deu a respeito, é uma descrição perfeita dos mesmos Babalorixás aqui da cidade, bom mas deixa isso pra lá, um dia as coisas melhoram, rssss....

Frater Magister:
SE EXU NÃO FAZ NADA, É PORQUE NÃO FOI CONVENIENTEMENTE ASSENTADO, OU O BABALORIXÁ NÃO SABE TRABALHAR COM EXU, POIS TEM SUA VONTADE E SUA MENTE FRACA. UMBANDA E KIMBANDA SÃO COMO DEPARTAMENTOS DE UM GOVERNO QUE A GENTE SABE QUE EXISTE, MAS QUE NÃO GOVERNA NADA, POIS CADA CHEFE DESSE DEPARTAMENTO, SE ALVOROÇA EM CHEFE SUPREMO E DIFICILMENTE ACEITA IDÉIAS DE SEUS IGUAIS QUE TALVEZ ESTEJAM NO CAMINHO "À MAIS TEMPO". ESTUDAR, ESTUDAR, ESTUDAR ECLETICAMENTE E PRATICAR, PRATICAR, PRATICAR, É ISSO QUE DÁ SEGURANÇA NO CAMINHO.
Estudante:
Aproveitando o ensejo, gostaria de saber se do ponto de vista dos Sr., que é magista, é necessário quando vai se assentar um exu ter o sacrifício animal, sendo o sangue da vitima o agente principal desse assentamento, como elemento de força?Não existem outras maneiras de se assentar uma entidade, quer seja um exu ou de outra natureza, sem que seja preciso matar uma inocente galinha? As coisas não podem evoluir? Então na opinião de vocês porque nas religiões africanas e similares isso não pode ser mudado? O que vocês acham?

Frater Magister:
ANTES MESMO DE VOCÊ FORMULAR TAL PERGUNTA, VOCÊ DEVERIA BUSCAR O ENTENDIMENTO DE COMO SE DÁ A ASSIMILAÇÃO ENERGÉTICA OU ESSENCIAL DA OFERENDA PELA ENTIDADE, E DE QUE FORMA ISSO É UTILIZADO. NA BÍBLIA HÁ INÚMERAS PASSAGENS QUE MENCIONAM SOBRE SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS. HOJE EM DIA NOS MATADOUROS, MILHARES DE ANIMAIS SÃO ABATIDOS PARA SATISFAZER O CARDÁPIO NUTRICIONAL DO SER HUMANO. TODOS SERES QUE VOLITAM MUITO PRÓXIMOS AO ORBE TERRESTRE SE ALIMENTAM DO FLUXO VITAL DE ENERGIA QUE ANIMA A VIDA FÍSICA. EXUS NÃO SÃO DIFERENTES. SE VC PODE OFERECER UM FRANGO ASSADO AOS SEUS CONVIVAS, POR QUE NÃO PODE FAZÊ-LO PARA SEU EXU, SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS EM QUE O ASSENTAMENTO É DEVIDAMENTE PREPARADO, INCLUSIVE Ritualisticamente PARA FINALIDADES ESPECÍFICAS?
NOTE QUE ESTOU APENAS DEMONSTRANDO, QUE SE VC PREPARA UMA OFERENDA A YEMANJÁ COM FRUTOS DO MAR, OU UM PRATO COM BIFES PARA EXUS, Você NÃO ESTÁ PROPAGANDO NENHUM BANHO DE SANGUE, E NEM FAZENDO NADA ILEGAL, ESTÁ APENAS CUMPRINDO UMA RITUALÍSTICA ABSOLUTAMENTE NORMAL DENTRO DA RELIGIÃO. QUERER DOUTRINAR EXU E FAZE-LO VIRAR SANTO (SE É QUE ESSES TAIS santos EXISTAM) É COMPLETAMENTE RIDÍCULO. TODOS NÓS SOMOS O QUE SOMOS EM NOSSAS ESSÊNCIAS, QUERER FORÇAR A NOSSA NATUREZA EM CONTRÁRIO É QUASE COMO REMAR CONTRA A NATUREZA. TENHO UM IRMÃO QUE NÃO COME CARNE, DESDE QUE NASCEU, NÃO SUPORTA. É UM VEGETARIANO NATURAL, MAS ISSO NÃO SIGNIFICA NEM MAIS, NEM MENOS EVOLUÇÃO, E SIM QUE NÃO COMER CARNE FAZ PARTE DE SUA NATUREZA, ASSIM COMO DE QUALQUER ANIMAL HERBÍVORO. UM CAVALO NÃO É MAIS EVOLUÍDO QUE UM CACHORRO, E NEM VICE VERSA. UMA ZEBRA NÃO É MAIS DO QUE UM LEÃO. TUDO SÃO APENAS NATUREZAS DE CADA ANIMAL, DE CADA SER. ASSIM COMO EXU, É PARTE INTEGRANTE DE UMA CADEIA DE FORÇAS DA NATUREZA, SÓ ISSO. ABRAÇO!


Estudante:
Frater Francisco, posto que o tópico anterior foi devidamente compreendido, e peço minhas escusas novamente pelo mal entendido, sendo então as oferendas sacrificiais, são corretas, em que ocasião é necessária? Uma vez ao ano como nas religiões afro - brasileiras, geralmente no mês de agosto? Ou quando se deseja obter algum favor daquela entidade?

Frater Magister:
A Lei da Kimbanda vêm dos povos Bantos , ou seja, da Angola-Congo. Isto sem falar na mistura entre o Exu Iorubano e os Ngangas e Tatás, que são almas de chefes kimbandeiros das nações bantas, eram sacerdotes bantos adoradores de Nkisi ou Mpungu. Isso tudo quando é trazido à tona traz um ar de confusão, principalmente porque a Kimbanda ou Quimbanda, esteve por muito tempo atrelada a Umbanda, como pilar oposto que traz o equilíbrio mágicko no terreiro, trabalhando por entidades conhecidas como Exus de Lei, ou ainda como Exus batizados. Foi isso que deixou um ar de confusão. Hoje em dia é muito comum termos “feitos ou iniciados na kimbanda". Não bastasse isso, associou-se a Kimbanda a outras formas de magia e ocultismo trazidas pelos europeus, sinais utilizados na magia goécica, evocação de demônios, etc. Não posso dizer aqui que a pureza de uma tradição seja correta ou não, mas o sincretismo de sistemas traz automaticamente uma forma de pragmatismo mágicko religioso. Então você vê uns dizerem, eu aprendi que tal coisa é assim, outros dizem o contrário. Isso é comum em todas as formas de religião, misticismo e magia do mundo. Assim, em meu sistema de Kimbanda, as oferendas sacrificiais são necessárias em determinados Ritos de Cura, e outros. Para oferendas simples ofereço em linhas gerais bifes de primeira, com farofa de mandioca e azeite dendê, com algumas variações ritualísticas.

segunda-feira, 17 de março de 2008

AVISO DE EXÚ

AVISO DE EXÚ!





Eshú Bàbà Alàsé, Ki n'kàn má se omo mí Ki n'kàn má se aya mí Ati èmi nàá Má se mi lu ènìyàn lu mi Lànà öwó, lànà omo kàn mi o. Eshú má se mi, omo elòmíràn ni o se. Asóro lògo akétèpe lògbó. Olòrún máà jé ki arì ìjà Eshú o Asé.
As possessões que ocorrem no em nosso Templo de Kimbanda são reais, fruto da Invocação Mágica dos Exus, Deuses e demais Entidades. Não se trata de uma exteriorização de algum tipo de dupla-personalidade, nem de uma possessão por Elementares ou por Cascorões Avivados (como normalmente ocorre em locais despreparados que fazem uso das mesmas práticas).
A possessão é um fenômeno completo e real. O Exu "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As Entidades "sobem" do solo para o corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés, daí "subindo", e isso é uma sensação única, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência.


Convém PORTANTO, um aviso!

Os poderes da Kimbanda são poderes reais. Eles representam à união dos elementos da terra, do fogo e do ar, bem como dos Espíritos que possuem uma Força e um Poder tal, que podem fazer o sangrar da alma e o desequilibrar de uma anatomia astral, bem como realizar um verdadeiro processo de Cura Interior através de uma verdadeira essência mágicka.

Kimbanda não é um sistema para pessoas de mente ou coração fraco, nem tampouco para medrosos, preconceituosos ou falsos moralistas. Kimbanda representa um Poder Real de transformação que talvez seja um dos mais majestosos e intensos que poderemos encontrar ou sentir. Se você escolher vagar dentro do Reino dos Exus, sem um guia, você estará por sua conta, risco e responsabilidade.
Exús conhecem mais de um encantamento eficaz para trazer danos, mas conhecem também práticas eficazes para proteção, abertura de um caminho ou afastamento e destruição de um inimigo. Não se pode esquecer que o trabalho de Exú tem sempre um preço a ser pago, pois Exú cobra por seus serviços.
Assim, se você sentir compelido a solicitar ajuda a um Exú, saiba também como executar suas oferendas, fazer seus agrados, mantenha sempre suas promessas e sejam absolutamente honestos com ele, pois nada nem ninguém os enganam.

Eu não me sinto responsável pelo mau uso, ou uso descuidado de técnicas que ensino no meu curso. Tenho em mente que tudo que é apresentado, tem a finalidade de fornecer uma compreensão melhor acerca desses espíritos, e não para corromper a alma de que quer que seja. Nossos Exus não baixam em “Buffets” ao som de Ray Coniff e orquestra ou Banda de Axé, não usam "smoke" e gravatinha borboleta, isto tudo é ao meu ver, um prato cheio aliás para cascorões avivados e vampiros astrais, que só servem para detonar a vida dos participantes.

Meus Exus trabalham com o dorso nu, no máximo envolto a suas capas ritualísticas e eventuais apetrechos mágickos. Seus pontos cantados são como mantras entoados num ambiente de penumbra e incenso, entre seus pontos riscados e sinais cabalísticos que causam grande radiação de energia visível a todos da assistência, que geralmente são escolhidos a dedo e principalmente pelos participantes do Culto.
Seus atos são mágickos e visíveis, pólvoras queimam sem serem tocadas. Imagens podem surgir dentro de copos com bebidas, feitiçarias contrárias e destrutivas ao consulente podem ser transportados e materializados, coisas que só Exu é que tem o poder de ir buscar na terra e trazer para tornar visível a todos.

Kimbanda não é brinquedo e nem festinha de amigos beberrões. É Magia, é mistério! Principalmente perigo aos desavisados.
Seja você advertido, se resolver viajar pelo Reino de Exu que compreenda, Kimbanda é um caminho sem volta.






UM CONTO TRAGICÔMICO DE TERROR



Óbvio, Exú não usa gravatinha borboleta e nem dança valsa. Eu lembro há muitos anos atrás, estava andando pela rua, passando num local que sabia se situar um centro. Bom, eu não vou citar nomes, porque não me cabe aqui inquirir a quem quer que seja, cada um faça o que achar melhor. Mas, isto não significa que não possa dar minha opinião. Pois bem, lá estava uma plaquinha dizendo: "Hoje, grande baile da Esquerda, com a presença de Mde. Luci e Conde Vlad. Haha, pensei essa não posso perder. Fui lá à noite no horário indicado, e o Terreiro de Umbanda, ricamente decorado, tipo uma espécie de Baile de Halloween.

Sentei e comecei a assistir a apresentação. A primeira a se manifestar foi a tal da Mdme. Luci, (o que se pretendia que fosse uma pomba gira rainha "num sei das quantas"), e o segundo o tal de Conde Drácula, ou melhor...rs, Conde Vlad, um sujeito mirrado magricela e franzino, vestido no melhor estilo Drácula dos anos 70, gravatinha borboleta e tal, os dois sentaram numa espécie de trono, e de repente, ao som de dua palminhas da Mdme. Luci, começou a apresentação. Primeiro se manifestou, uma pomba gira, numa mulher enorme coitada, muito obesa mesmo, vestida ao estilo bailarina "Can, can", do Moule Rouge de Paris, com aquelas pernas enormes, ela esboçou algum tipo de dança, ao som do Can, can dos anos 20, escorregou e estatelou-se no chão, realmente, uns difarçavam e riam, outros gargalharam escancaradamente.

Ela se levantou, até com uma certa agilidade, apesar do pesão, e continuou sua dança, nem a tal da Mdme Luci se conteve e se segurava para não rir, já o tal do Conde Vlad, com os "dentinhos de fora", permanecia estático, como se num suposto transe. Logo depois se manifestou a bruxa de Évora, uma senhora duns quase 70 anos, rsrs, com uns trapos pendurados, dando a entender que fosse uma daquelas bruxas saídas dos contos de Branca de Neve ou de João e Maria, com uma roupa bem a caráter, uns trapos pendurados e claro, a vassoura "talvez uma antiga Firebolt do Harry Potter"...rs, que pediu para alguém da assistência segurar. Bom, começou a música, e a velha senhora, começou sua dança. Ia tudo bem até a hora que ela querendo imitar talvez, aquelas bailarinas da dança do ventre, resolveu ajoelhar jogando o corpo arqueado pra trás, como se fosse uma posição de Yoga, bom, a velhinha não conseguia voltar, travou como se diz popularmente, e a tal Mdme. Luci, muito prestativa como toda anfitriã diabólica deve ser, foi correndo e socorreu sua protegida, afinal, como muita justiça, pois a velha possivelmente fazia parte de seu séquito diabólico. Novas gargalhadas escancaradas e disfarçadas. E o Conde Vlad, ali, continuava estático, com seus dentinhos caninos, nada salientes de fora, mais parecido com uma múmia vampírica, do que outra coisa qualquer. Fala sério! Eu fiquei com vergonha "por eles" de me dizer Umbandista naquele dia fatídico. Não sei o que houve com o centro deles, parece-me que fechou, algum tempo depois. E hoje, começo a ver "por aí" cousas semelhantes. Tsc.

Se isso não for cômico, talvez esteja mais pra tragicômico, representa tão somente, o total desconhecimento sobre as energias e seres que circundam Umbanda & Kimbanda. Agora, transformar uma religião num Circo, e da pior espécie; muito triste isso! Se alguém estiver indo nessa onda, trate de se reciclar, e tentar começar tudo de novo, antes que seja tarde demais. Aliás transformar religião em circo, parece que já virou moda, não só na Umbanda, mas numa infinidade de outras religiões por aí. Sem mais comentários!

terça-feira, 4 de março de 2008

O Livro das Sombras ou Grimoire

O Livro das Sombras ou Grimoire, é um diário usado por praticantes
de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados,
bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais
quanto covens mantêm esse tipo de Livro. Nele são inscritos
invocações, receitas de poções, métodos de realização de
rituais, contos sobre a mitologia, enfim, tudo relacionado às Artes Mágickas.

Nossos livros têm aspecto medieval, confeccionados a partir de
técnicas de encadernação e ornamentação usadas na Europa nos
séculos XI ao XVI. São livros com as páginas em branco feitos para
serem manuscritos pelo próprio adepto como um diário Mágicko.

São peças únicas produzidas de acordo com o que pretende o cliente,
ornamentados com temas góticos, renascentistas, cristãos, místicos
ou naturais. O tema e a ornamentação interna e externa ficam à
escolha do cliente, bem como o texto inicial e a opção de vir
personalizado com nome e/ou uma delicada dedicatória.

As folhas são em papel altamente resistente e a capa em papelão
duplo, sendo tratada com ceras especiais que protegem contra umidade e
mofo. Os fechos são em fivelas e tiras de couro ou tranças de couro
ou barbante que envolve a capa.

Você pode escolher o estilo da página inicial de seu grimório e
ainda personalizá-lo, pois ele é feito especialmente para você.
Pode escrever seu nome, uma frase de sua preferência ou uma
dedicatória em caso de oferecer de presente para alguém.


Veja alguns Modelos disponíveis em nosso Site: http://www.cursosdemagia.com.br/diariomagico.htm

Adquira já o seu, tudo em até 10X no cartão de crédito!

http://www.cursosdemagia.com.br



Pax et Lux

" Nunca tenhas medo de lutar pela Verdade e pela Justiça, perdoai os
vossos adversários, mas vencei-os antes!"

"Tuas maldições, mil artes de embruxar,
Contra mim são impotentes.
Pela Terra e o Sol, o Céu e o Mar,
A ti as retorno, inclementes,
Da tríade pelas forças benfazejas,
Que tu, e só tu, o atingido sejas."