segunda-feira, 17 de março de 2008

AVISO DE EXÚ

AVISO DE EXÚ!





Eshú Bàbà Alàsé, Ki n'kàn má se omo mí Ki n'kàn má se aya mí Ati èmi nàá Má se mi lu ènìyàn lu mi Lànà öwó, lànà omo kàn mi o. Eshú má se mi, omo elòmíràn ni o se. Asóro lògo akétèpe lògbó. Olòrún máà jé ki arì ìjà Eshú o Asé.
As possessões que ocorrem no em nosso Templo de Kimbanda são reais, fruto da Invocação Mágica dos Exus, Deuses e demais Entidades. Não se trata de uma exteriorização de algum tipo de dupla-personalidade, nem de uma possessão por Elementares ou por Cascorões Avivados (como normalmente ocorre em locais despreparados que fazem uso das mesmas práticas).
A possessão é um fenômeno completo e real. O Exu "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As Entidades "sobem" do solo para o corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés, daí "subindo", e isso é uma sensação única, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência.


Convém PORTANTO, um aviso!

Os poderes da Kimbanda são poderes reais. Eles representam à união dos elementos da terra, do fogo e do ar, bem como dos Espíritos que possuem uma Força e um Poder tal, que podem fazer o sangrar da alma e o desequilibrar de uma anatomia astral, bem como realizar um verdadeiro processo de Cura Interior através de uma verdadeira essência mágicka.

Kimbanda não é um sistema para pessoas de mente ou coração fraco, nem tampouco para medrosos, preconceituosos ou falsos moralistas. Kimbanda representa um Poder Real de transformação que talvez seja um dos mais majestosos e intensos que poderemos encontrar ou sentir. Se você escolher vagar dentro do Reino dos Exus, sem um guia, você estará por sua conta, risco e responsabilidade.
Exús conhecem mais de um encantamento eficaz para trazer danos, mas conhecem também práticas eficazes para proteção, abertura de um caminho ou afastamento e destruição de um inimigo. Não se pode esquecer que o trabalho de Exú tem sempre um preço a ser pago, pois Exú cobra por seus serviços.
Assim, se você sentir compelido a solicitar ajuda a um Exú, saiba também como executar suas oferendas, fazer seus agrados, mantenha sempre suas promessas e sejam absolutamente honestos com ele, pois nada nem ninguém os enganam.

Eu não me sinto responsável pelo mau uso, ou uso descuidado de técnicas que ensino no meu curso. Tenho em mente que tudo que é apresentado, tem a finalidade de fornecer uma compreensão melhor acerca desses espíritos, e não para corromper a alma de que quer que seja. Nossos Exus não baixam em “Buffets” ao som de Ray Coniff e orquestra ou Banda de Axé, não usam "smoke" e gravatinha borboleta, isto tudo é ao meu ver, um prato cheio aliás para cascorões avivados e vampiros astrais, que só servem para detonar a vida dos participantes.

Meus Exus trabalham com o dorso nu, no máximo envolto a suas capas ritualísticas e eventuais apetrechos mágickos. Seus pontos cantados são como mantras entoados num ambiente de penumbra e incenso, entre seus pontos riscados e sinais cabalísticos que causam grande radiação de energia visível a todos da assistência, que geralmente são escolhidos a dedo e principalmente pelos participantes do Culto.
Seus atos são mágickos e visíveis, pólvoras queimam sem serem tocadas. Imagens podem surgir dentro de copos com bebidas, feitiçarias contrárias e destrutivas ao consulente podem ser transportados e materializados, coisas que só Exu é que tem o poder de ir buscar na terra e trazer para tornar visível a todos.

Kimbanda não é brinquedo e nem festinha de amigos beberrões. É Magia, é mistério! Principalmente perigo aos desavisados.
Seja você advertido, se resolver viajar pelo Reino de Exu que compreenda, Kimbanda é um caminho sem volta.






UM CONTO TRAGICÔMICO DE TERROR



Óbvio, Exú não usa gravatinha borboleta e nem dança valsa. Eu lembro há muitos anos atrás, estava andando pela rua, passando num local que sabia se situar um centro. Bom, eu não vou citar nomes, porque não me cabe aqui inquirir a quem quer que seja, cada um faça o que achar melhor. Mas, isto não significa que não possa dar minha opinião. Pois bem, lá estava uma plaquinha dizendo: "Hoje, grande baile da Esquerda, com a presença de Mde. Luci e Conde Vlad. Haha, pensei essa não posso perder. Fui lá à noite no horário indicado, e o Terreiro de Umbanda, ricamente decorado, tipo uma espécie de Baile de Halloween.

Sentei e comecei a assistir a apresentação. A primeira a se manifestar foi a tal da Mdme. Luci, (o que se pretendia que fosse uma pomba gira rainha "num sei das quantas"), e o segundo o tal de Conde Drácula, ou melhor...rs, Conde Vlad, um sujeito mirrado magricela e franzino, vestido no melhor estilo Drácula dos anos 70, gravatinha borboleta e tal, os dois sentaram numa espécie de trono, e de repente, ao som de dua palminhas da Mdme. Luci, começou a apresentação. Primeiro se manifestou, uma pomba gira, numa mulher enorme coitada, muito obesa mesmo, vestida ao estilo bailarina "Can, can", do Moule Rouge de Paris, com aquelas pernas enormes, ela esboçou algum tipo de dança, ao som do Can, can dos anos 20, escorregou e estatelou-se no chão, realmente, uns difarçavam e riam, outros gargalharam escancaradamente.

Ela se levantou, até com uma certa agilidade, apesar do pesão, e continuou sua dança, nem a tal da Mdme Luci se conteve e se segurava para não rir, já o tal do Conde Vlad, com os "dentinhos de fora", permanecia estático, como se num suposto transe. Logo depois se manifestou a bruxa de Évora, uma senhora duns quase 70 anos, rsrs, com uns trapos pendurados, dando a entender que fosse uma daquelas bruxas saídas dos contos de Branca de Neve ou de João e Maria, com uma roupa bem a caráter, uns trapos pendurados e claro, a vassoura "talvez uma antiga Firebolt do Harry Potter"...rs, que pediu para alguém da assistência segurar. Bom, começou a música, e a velha senhora, começou sua dança. Ia tudo bem até a hora que ela querendo imitar talvez, aquelas bailarinas da dança do ventre, resolveu ajoelhar jogando o corpo arqueado pra trás, como se fosse uma posição de Yoga, bom, a velhinha não conseguia voltar, travou como se diz popularmente, e a tal Mdme. Luci, muito prestativa como toda anfitriã diabólica deve ser, foi correndo e socorreu sua protegida, afinal, como muita justiça, pois a velha possivelmente fazia parte de seu séquito diabólico. Novas gargalhadas escancaradas e disfarçadas. E o Conde Vlad, ali, continuava estático, com seus dentinhos caninos, nada salientes de fora, mais parecido com uma múmia vampírica, do que outra coisa qualquer. Fala sério! Eu fiquei com vergonha "por eles" de me dizer Umbandista naquele dia fatídico. Não sei o que houve com o centro deles, parece-me que fechou, algum tempo depois. E hoje, começo a ver "por aí" cousas semelhantes. Tsc.

Se isso não for cômico, talvez esteja mais pra tragicômico, representa tão somente, o total desconhecimento sobre as energias e seres que circundam Umbanda & Kimbanda. Agora, transformar uma religião num Circo, e da pior espécie; muito triste isso! Se alguém estiver indo nessa onda, trate de se reciclar, e tentar começar tudo de novo, antes que seja tarde demais. Aliás transformar religião em circo, parece que já virou moda, não só na Umbanda, mas numa infinidade de outras religiões por aí. Sem mais comentários!

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